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A disfunção temporomandibular (DTM) é um conjunto de disfunções envolvendo os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas. E uma doença de múltiplas causas, sendo que alguns indivíduos tem predisposição à doença, além do estresse e ansiedade que são descritos como uma das causas de DTM. Os sintomas mais comuns de DTM são ruídos articulares (crepitações e estalidos), otalgia, zumbido, dor facial, dor de cabeça (principalmente na lateral da cabeça) e no pescoço, hiper ou hipofunção dos músculos mastigatórios, sensibilidade dentária, desvios mandibulares, limitação da abertura da boca (trismo), sono prejudicado e alterações emocionais, fatores que associados diminuem bastante a qualidade de vida dos pacientes.
Pacientes que fazem radioterapia em região de cabeça e pescoço tem mais risco de desenvolver o trismo. Esse pode ser o resultado da fibrose dos músculos mastigatórios, quando irradiados sendo definido em pacientes oncológicos de cabeça e pescoço como abertura bucal menor ou igual a 35 mm, ou seja, o trismo é uma dificuldade de abrir a boca. Outro fator que colabora com o desenvolvimento do trismo, em pacientes de cabeça e pescoço é o tratamento cirúrgico, indicado para muitos casos e comumente feito antes da radioterapia. O trismo pode levar a dificuldades na alimentação, deglutição, fala, higiene bucal e de uso das próteses dentárias. A dificuldade em abrir a boca que leva a piora da higiene bucal acarretará num risco maior de cárie nesses pacientes. A dificuldade de abrir a boca também pode levar a dificuldades de mastigar os alimentos, que leva a uma malnutrição. Para compensar isso, dietas cariogênicas são prescritas aumentado o risco de cárie nesses pacientes. Enfim, o trismo é um efeito adverso tardio de alguns tratamentos oncológicos, principalmente da cirurgia e radioterapia em região de cabeça e pescoço, que pode afetar profundamente a qualidade de vida dos pacientes. Equipes multidisciplinares de fisioterapeutas, dentistas e fonoaudiólogos conseguem excelentes resultados preventivos e ou curativos em pacientes oncológicos.
A DTM é uma doença de muitas causas e com muitos pontos não esclarecidos ainda pela ciência, prinpalmente no que diz respeito ao desenvolvimento da doença. Essa patologia vem crescendo significativamente, afetando mais mulheres do que homens, ocorrendo principalmente entre 20 e 50 anos. Os tratamentos são vários e dentre eles podemos citar: medicamentos, terapia miofuncional orofacial, tratamento psicológico, placa interoclusal, acupuntura, eletroestimulação, ultrassom e laserterapia de baixa intensidade. Procedimentos mais invasivos também são utilizados, como é o caso das cirurgias. Equipes multidisciplinares especializadas, onde dentistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos trabalhando juntos, conseguem melhores resultados no diagnóstico e tratamento dessa doença.
Uma das causas apontadas pela literatura de DTM é a ansiedade e o estresse. Pacientes oncológicos tendem a ter um índice aumentado de disfunção temporomandibular/dor orofacial, causados principalmente pela ansiedade ao diagnóstico e também pelo tratamento de câncer. Quando esses pacientes já tem histórico de DTM ao longo da vida, o acompanhamento e até mesmo algum tratamento durante o tratamento oncológico torna-se necessário. O diagnóstico precoce dessa doença em pacientes oncológicos faz muita diferença da sua qualidade de vida. E compreendendo toda a complexidade dessa doença, nossa equipe conta com o especialista em DTM, que fornece todo o suporte terapêutico para nossos pacientes.