Tratamentos - Addah Odontologia Oncológica

Addah Odontologia Oncológica

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Tratamentos

Seguimento Odontológico Oncológico

Durante o tratamento oncológico, o monitoramento da cavidade bucal é muito importante. Isso evita que efeitos colaterais como feridas na boca possam se tornar graves pela demora no diagnóstico e tratamento. Por isso, nossos pacientes são acompanhados periodicamente, recebendo toda a assistência necessária, inclusive nos fins de semana (caso necessário). Nesse acompanhamento vários tratamentos podem ser feitos, de acordo com o tipo de toxicidade bucal que o paciente apresentar. Nem sempre o tratamento necessário será o laser, embora esse seja muito utilizado, pois existem vários efeitos tóxicos bucais causados pelo tratamento oncológico que não devem ser tratados com laser. Por isso, nossos pacientes sempre passam pela avaliação do estomatologista, para que tenhamos primeiro um diagnóstico correto do que está ocorrendo na cavidade bucal, e a partir de um diagnóstico correto, estabelecemos o tratamento adequado para cada caso.

Terapia de Fotobiomodulação (laser de baixa potência)

O laser de baixa potência tem muitas indicações na área de Odontologia Oncológica. Eles atuam como antiinflamatórios, analgésicos, cicatrizantes e biomoduladores do tecidos. No processo de cicatrização de feridas causadas por algumas quimioterapias, ele tem se tornado essencial. Em 20 anos tratando pacientes oncológicos, vimos que o laser veio contribuir bastante na qualidade de vida desses pacientes. Uma pergunta muito frequente dos pacientes é: quantas sessões de laser serão feitas? A resposta é: quantas necessárias, pois a resposta ao laser é individual para cada paciente. Existem vários fatores que podem contribuir para uma boa ou uma não tão boa resposta na primeira sessão de laser. E esses fatores, alguns não são controlados pelo profissional que está aplicando o laser. A imunidade baixa do paciente é um exemplo de um fator que, pode contribuir para uma resposta mais lenta de melhora de uma mucosite à laserterapia. Por isso é importante a manutenção das aplicações, principalmente se o paciente ainda tiver mucosite na cavidade bucal.

Outra aplicação excelente do laser na Odontologia Oncológica, é a terapia fotodinâmica (PDT) usada no tratamento de várias doenças bucais como a candidíase, mucosite, infecções por vírus, doenças essas que podem aparecer durante o tratamento oncológico. Essa modalidade terapêutica pode ser mais benéfica para o paciente oncológico que só o laser, em alguns casos. Outros exemplos de indicações do laser para o paciente oncológico: aftas, herpes labial ou intrabucal, pericementite, pericoronarite, trismo, hipersensibilidade dentinária e paralisia facial, dentre outros.

Laser de alta potência

Existem diversos tipos de laser de alta potência usados na Odontologia. A diferença entre eles está no tipo de tecido que ele vai cortar: tecido mole como gengiva, língua, bochecha ou tecido duro como o dente ou o osso.   O laser que corta os tecidos moles da cavidade bucal, promove uma coagulação imediata ao corte, o que elimina muitas vezes a necessidade de dar ponto, já que o sangramento não existe após o término da cirurgia. Além do controle do sangramento, cirurgia com laser tende a ser mais rápida e com menor risco de bacteremia. Para frenectomia em crianças é uma excelente opção. Também tem grandes benefícios em cirurgias de hemangiomas, papilomas e outros tumores benignos da cavidade bucal. Pode ser utilizado também no controle das leucoplasias, principalmente da leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP).

Cirurgia e Traumatologia Bucomaxillofacial

O cirurgião bucomaxillofacial é o profissional indicado para cirurgias de osteonecrose ou osteorradionecrose. Protocolos individualizados, como exemplo o uso do L-PRF, devem ser seguidos na cirurgia desses pacientes. O sucesso do tratamento dessa doença depende muito do protocolo usado. A clínica Addah Odontologia Oncológica é especializada no tratamento de osteonecrose e de osteorradionecrose, com uso de protocolos conservadores e/ou cirúrgicos, dependendo de cada caso, oferecendo ao paciente um tratamento de excelência onde a cirurgia tem muitas vezes papel fundamental na cura desses pacientes. Profissionais com grande experiência cirúrgica associados a profissionais capacitados no manejo de osteonecrose trabalham em conjunto buscando o êxito nesses tratamentos.

Diagnóstico das doenças da boca

O diagnóstico e o tratamento das doenças que acometem a boca são dados pelo estomatologista (nome da especialidade é Estomatologia). A Estomatologia tem um grande desafio na medicina, principalmente pelas doenças sistêmicas que podem acometer a boca. Pacientes oncológicos tem mais risco de desenvolverem doenças em boca, como efeito colateral do tratamento. Os pacientes oncológicos da clínica sempre passam pela avaliação do estomatologista na primeira consulta e durante todo o tratamento oncológico são acompanhados por esse especialista.

Manutenção Preventiva da saúde bucal

Ajudar o paciente a manter a saúde bucal durante o tratamento oncológico é fundamental, principalmente para reduzir a toxicidade bucal que a quimioterapia ou outras modalidades de tratamento oncológico possam causar na boca. Essa manutenção é feita durante todo o tratamento oncológico e também depois que termina, visto que alguns tratamentos oncológicos podem provocar efeitos na boca mesmo depois que o mesmo termina. Como exemplo clássico podemos citar as cáries provocadas pelo tratamento de radioterapia em região de cabeça e pescoço. Nossos pacientes são monitorados periodicamente, fazem uso de cremes dentais adequados e temos várias outras condutas necessárias na prevenção desse tipo de cárie.

Implantes Dentários

A reabilitação oral de pacientes oncológicos, comumente é feita após o término do tratamento. E tem sido cada vez mais necessária. A reabilitação com implantes de pacientes que foram irradiados na cavidade bucal, exige protocolos extensos e muitas vezes complexos, para não colocarmos nossos pacientes com risco de desenvolver osteorradionecrose. Osteorradionecrose é uma doença grave, difícil de ser tratada, que deve ser prevenida num manejo adequado da cavidade bucal dos pacientes que receberam irradiação nessa região.

Tratamento de gengiva

Os tratamentos periodontais são importantíssimos durante o tratamento oncológico. Os tecidos periodontais comumente são afetados pela quimioterapia ou pela radioterapia em região de cabeça e pescoço, e muitas doenças gengivais podem se desenvolver durante esse período. Protocolos de tratamento periodontal são usados para tratar esses pacientes.

Próteses dentais

A reabilitação oral do paciente oncológico com as próteses totais e/ou parciais são muitas vezes indicadas, principalmente nos pacientes que fazem uso de medicações relacionadas a osteonecrose como por exemplo o denosumabe ou o ácido zoledrônico. Nesses pacientes, em que os implantes ainda não mostram resultados benéficos na literatura, expondo esses pacientes ao risco de desenvolver osteonecrose, a reabilitação com próteses é uma opção mais segura. Trabalhamos com protocolos quando essas próteses são instaladas na cavidade bucal, visto que a instalação incorreta e/o uso pelo paciente também de forma incorreta, aumentam o risco de osteonecrose.

Tratamento de canal com microscópio

A remoção dos focos de infecção é uma prioridade do tratamento odontológico do paciente que irá iniciar um tratamento oncológico. Muitas vezes essa infecção está dentro do dente, ou seja, no canal. Protocolos de desinfecção mais rigorosos (como a terapia fotodinâmica) são fundamentais para aumentar a garantia de que o paciente não está indo para o tratamento oncológico com focos de infecção bucal. Trabalhamos com tecnologia bem avançada onde o profissional faz o tratamento de canal com a ajuda de um microscópio. Os tratamentos de canal com microscópio mostram resultados benéficos para o paciente, principalmente na segurança de uma limpeza completa do canal, além de reduzir o risco de acidentes como a perfuração.

Disfunção Temporomandibular/Dor Orofacial

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é causada por problemas crônicos que atingem os músculos da mastigação podendo resultar como sintomas, dores de cabeça, no ouvido, dores na testa e zumbido no ouvido. Uma das causas de DTM é a ansiedade. Pacientes oncológicos passam por períodos de ansiedade durante o tratamento precisando muitas vezes do suporte do especialista em DTM.

Ozonioterapia

O ozônio é um gás produzido naturalmente pelo ar atmosférico e o ozônio medicinal é produzido a partir do oxigênio. Ele é uma molécula composta de 3 átomos de oxigênio, bem menos estável que o oxigênio (O2). O seu uso inicial para desinfetar salas de cirurgia data de 1856. O ozônio medicinal por ser um gás instável, não pode ser armazenado, devendo ser usado imediatamente. Ele tem uma ação nas bactérias, sendo que muitas delas podem morrer pela ação do ozônio. Por isso muitas das infecções bucais podem ser tratadas com ozônio. Além de sua ação antibacteriana, o ozônio também inativa vírus, parasitas e protozoários. Um dos grandes benefícios dele, na cavidade bucal está em promover uma rápida cicatrização. O ozônio também remove os agentes antioxidantes do organismo. Em pacientes imunocomprometidos, a ozonioterapia é útil na ativação e na produção de várias substâncias que irão beneficiar a redução da inflamação e melhorar a cicatrização, uma vez que nesses pacientes, essas substâncias normalmente estão em níveis muito baixos.

Sendo assim, na Odontologia os benefícios o uso do ozônio são muitos. Na odontologia oncológica, o ozônio pode muitas vezes ajudar no sucesso do tratamento de osteonecrose da mandíbula relacionada a medicamentos (MRONJ). O tratamento pode durar algumas semanas, dependendo do tamanho da exposição óssea, presença de infecção e outros fatores ligados ao paciente. O que espera-se do tratamento de osteonecrose com o  gás medicinal ozônio é a formação de um sequestro ósseo com  expulsão espontânea, ou seja, não traumática e a cicatrização da mucosa gengival seguida de reepitelização ou pode haver necessidade de remoção cirúrgica do osso necrótico após as aplicações de ozônio para assim haver a cicatrização da mucosa que cobre o osso. Em ambos os casos, a cura após a remoção do sequestro ósseo é esperada.

Ortodontia

Na reabilitação de pacientes oncológicos, muitas vezes é necessário que seja colocado aparelho ortodôntico para colocar os dentes na posição correta e assim completar as falhas dentárias com implantes e/ou próteses. Assim, a ortodontia tem uma grande importância na reabilitação oral. Para isso, utilizamos de técnicas convencionais ou as mais atuais chamadas de alinhadores. Informações importantes dadas ao ortodontista, visto que trabalhamos em equipe, consiste naqueles pacientes que usam denosumabe ou ácido zoledrônico. O manejo ortodôntico nesses pacientes muitas vezes torna mais demorado o tratamento ortodôntico, informação muito importante a ser passada para o paciente.

Tratamento restaurador

O tratamento restaurador prévio à um tratamento oncológico, é de suma importância pois com ele fazemos a adequação do meio bucal, com o fechamento de cavidades abertas, remoção de tecido cariado e melhora da oclusão, quando se faz necessário. Os materiais utilizados podem ser as resinas compostas de forma definitiva ou algo provisório e mais rápido com o ionômero de vidro. O tratamento restaurador também pode ser necessário, quando o paciente desenvolve cárie após o tratamento de radioterapia em região de cabeça e pescoço. Esse é um tipo de cárie agressiva e de rápida evolução que requer um acompanhamento odontológico periódico, orientação quanto a higiene bucal e dieta (que deve ser pobre em açúcares), prescrição de saliva artificial (pois normalmente esses pacientes tem pouca ou nenhuma saliva) e nos casos em que esse protocolo conservador não resultar em controle da cárie, o tratamento restaurador torna-se necessário.

Uso do L-PRF

O que é L-PRF? É um material derivado do sangue do paciente, rico em plaquetas e em leucócitos. Ele é muito benéfico para o paciente porque ele ajuda a acelerar a cicatrização de cirurgias bucais. Ele é como um andaime, que atrai mais células (as responsáveis pela cicatrização) para a região da ferida e mantém essas células no local como se fosse um ¨ninho¨para que elas se multipliquem durante os primeiros dias de cicatrização e regeneração dos tecidos. Os estudos mais recentes mostram que a membrana de fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF) tem outros benefícios para o paciente, como o de inibir o crescimento bacteriano, o que pode então reduzir o risco de infecção pós-operatória. Para os pacientes oncológicos esses benefícios se tornam mais relevantes ainda, visto que quando realizamos cirurgias odontológicas em pacientes que irão iniciar um tratamento oncológico temos pressa na cicatrização dos tecidos, porquê não é bom que o paciente inicie um tratamento oncológico com os tecidos bucais não cicatrizados.
Como fazemos essa membranas? Fazemos uma coleta de sangue do paciente e colocamos numa centrífuga e depois de 10 minutos já temos a membrana pronta. Temos os equipamentos mais modernos e adequados para a realização do L-PRF, além da excelente infraestrutura para a realização do procedimento.

Estomatologia

Estomatologia é uma especialidade odontológica, reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia em 1992. Essa especialidade é aquela que faz o diagnóstico e o tratamento das doenças da boca e estruturas anexas.

Dra. Addah em sua experiência relata que, muitos pacientes acham que estomatologia está relacionada ao estômago, ou seja, confundem a especialidade médica de gastroenterologia com a odontológica de estomatologia. A boca tem diversas estruturas que podem adoecer. O mais comum é o paciente procurar o dentista quando o dente adoece. Porém quando ele tem uma ferida na boca ou outra queixa bucal que não está relacionada com os dentes, acaba sem saber a quem procurar!

Importante ressaltar que feridas na boca que não cicatrizam em até 2 semanas devem ser examinadas pelo estomatologista para descartar a possibilidade de ser câncer bucal. Dra. Addah também alerta que nos casos de aparecimento de feridas bucais, não use pomadas recomendadas por leigos ou aquelas que você acha que irão tratar a ferida. O uso de pomadas ou outros medicamentos em feridas bucais, pode mascarar o diagnóstico para o estomatologista e também dar a falsa sensação ao paciente que a ferida cicatrizou, o que acaba atrasando o diagnóstico de doenças bucais graves.

A queixa de “ardência bucal” muito frequente em nossos dias, também precisa ter suas causas investigadas, visto que, a ardência na boca pode ser um dos sintomas de alguma doença que o paciente possa estar desenvolvendo em outros órgãos (chamamos de doenças sistêmicas). Tratamentos de gengiva sem melhora precisam ser avaliados pelo estomatologista, pois pode ser um caso de doença autoimune acometendo a gengiva (podemos citar como exemplo o líquen plano oral).

Em relação às doenças sistêmicas que podem acometer também a boca, é importante que, além da equipe médica que está tratando da doença sistêmica, o estomatologista avalie a cavidade oral, principalmente nos casos em que o paciente tenha alguma queixa bucal que possa estar relacionada à doença sistêmica. O contrário também acontece,  pois os sinais bucais podem ser frequentemente a primeira manifestação de algumas doenças sistêmicas, como por exemplo as autoimunes. Como exemplo de doenças autoimunes, que podem manifestar também na boca, podemos citar: lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, pênfigo vulgar, penfigóide de membranas mucosas, doença de Behçet e líquen plano oral1,2.

Pacientes oncológicos tem mais risco de desenvolver doenças na cavidade bucal. Podemos citar, por exemplo, as doenças relacionadas ao tratamento oncológico e as metástases para a cavidade oral do câncer de outros órgãos. Metástases para a cavidade oral, de câncer que acometeu inicialmente outros órgãos, são raras, e representam apenas 1 a 3% de todos os cânceres dessa área. Os cânceres mais comuns, em pacientes adultos, que podem dar metástases para a cavidade oral incluem os de pulmão, mama, rins e cólon e os locais mais acometidos são a mandíbula e a gengiva3. Diagnóstico de câncer metastático na cavidade oral vindo de outros órgãos é dado comumente pelo estomatologista, devendo ser feito com rapidez, pois essa informação é fundamental para o oncologista na condução do tratamento. Lembrando que em alguns casos, a metástase na cavidade oral pode manifestar antes das manifestações do câncer  no órgão de origem3.

Em relação aos efeitos adversos que o tratamento oncológico pode provocar na cavidade oral, outro tópico importante na estomatologia, temos em perguntas frequentes uma secção sobre esse assunto.

O diagnóstico das doenças da cavidade oral são de responsabilidade do estomatologista. Alterações percebidas pelo paciente não devem ser tratadas de forma caseira ou empírica., reforça Dra. Addah. Antes de qualquer tratamento, é importante alertar que o diagnóstico é fundamental. Sem o diagnóstico, todo tratamento será ineficaz, prolongando muitas vezes o desconforto do paciente e atrasando a sua cura.

Referências bibliográficas

  1. Saccucci M, Di Carlo G, Bossù M, Giovarruscio F, Salucci A, Polimeni A. Autoimmune Diseases and Their Manifestations on Oral Cavity: Diagnosis and Clinical Management. J Immunol Res. 2018 May 27;2018:6061825. doi: 10.1155/2018/6061825. PMID: 29977929; PMCID: PMC5994274.
  2. García-Pola MJ, González-Álvarez L, Garcia-Martin JM. Treatment of oral lichen planus. Systematic review and therapeutic guide. Med Clin (Barc). 2017 Oct 23;149(8):351-362. English, Spanish. doi: 10.1016/j.medcli.2017.06.024. Epub 2017 Jul 28. PMID: 28756997.
  3. Oliver-Puigdomènech C, González-Navarro B, Polis-Yanes C, Estrugo-Devesa A, Jané-Salas E, López-López J. Incidence rate of metastases in the oral cavity: a review of all metastatic lesions in the oral cavity. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2021 Sep 1;26(5):e619-e625. doi: 10.4317/medoral.24625. PMID: 34023842; PMCID: PMC8412448.